O descarte de resíduos gerados a partir dos atendimentos em hospitais e clínicas veterinárias ou estéticas exige uma série de cuidados especiais. Seu descarte correto serve para evitar acidentes, bem como danos ao meio-ambiente e, por isso, é fundamental saber como realizá-lo da forma correta.
Neste processo, é comum que surjam dúvidas sobre o armazenamento, coleta e descarte adequado de resíduos hospitalares. Para auxiliar você a saná-las e direcionar da melhor forma o descarte de resíduos de saúde do seu negócio, neste conteúdo vamos destacar:
- Importância de fazer um descarte adequado
- Resíduos de saúde: conheça os tipos
- Passo a passo para realizá-lo da forma correta
Continue conosco e aprenda de forma prática e objetiva a armazenar e garantir o descarte adequado de resíduos da área de saúde.
Importância de fazer um descarte adequado de resíduos
Órgãos de controle como a Anvisa contam com uma série de normas que devem ser seguidas pelas empresas da área da saúde a fim de garantir um descarte seguro e correto desses tipos de resíduos. No caso de descumprimento, seu negócio pode receber multas que podem ocasionar danos financeiros e operacionais.
Para garantir que ele esteja de acordo com todas as regras estabelecidas pela entidade, é recomendado a criação de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), sempre obedecendo às regras fim de evitar sanções.
O primeiro passo para fazer um armazenamento correto de resíduos perigosos como seringas, agulhas e lâminas é conhecer suas classificações. Vamos lá?
Tipos de resíduos hospitalares
A classificação dos resíduos é definida conforme a RDC 306/2004, da Anvisa, e divide resíduos produzidos por clínicas e hospitais da seguinte forma:
- Grupo A: Estão incluídos alguns dos resíduos mais perigosos, dado seu risco de infectar e, por consequência, causar doenças nas pessoas. Bolsas de sangue contaminadas, peças anatômicas e cateteres são alguns exemplos.
- Grupo B: é caracterizado por agentes químicos que podem colocar em risco a saúde humana e do meio-ambiente. Como exemplo, podemos citar reagentes laboratoriais e substâncias para revelar filmes de raio-X.
- Grupo C: tratam-se de rejeitos radioativos com carga superior ao padrão e que, dado isso, não podem ser reutilizados. Exames de medicina nuclear e radioterapia caracterizam esse grupo.
- Grupo D: referem-se aos resíduos comuns, ou seja, lixo hospitalar que não apresenta nenhum tipo de risco químico, biológico ou radioativo. Materiais recicláveis, gesso e papéis diversos compreendem a categoria.
- Grupo E: por último, estão os objetos e instrumentos perfurocortantes que agregam materiais como lâminas, agulhas, ampolas de vidro e bisturis.
Lembre-se! Realizar o descarte correto do lixo em sua clínica ou hospital é essencial para garantir a segurança da equipe responsável pela coleta e descarte desses resíduos.
Agora que você já conhece cada categoria de resíduo hospitalar, chegou a hora de saber mais sobre seu armazenamento, coleta e descarte correto!
Lixo infectante: saiba como descartá-lo corretamente
Descarte de resíduos: confira o passo a passo
Para garantir um descarte de resíduos de saúde eficiente e seguro, há três passos que devem ser seguidos, sendo eles:
- Armazenamento correto
- Coleta dos resíduos
- Descarte e tratamento
A seguir, saiba como cada um funciona na prática.
1. Armazenamento correto
O armazenamento correto é essencial para que o descarte de resíduos ocorra da forma mais segura possível, e para isso, eles devem ser separados em sacos plásticos resistentes a rasgos e vazamentos, os quais devem ser identificados de acordo com a classificação que atendem.
Um produto extremamente importante nesse processo é o saco para lixo infectante, que como seu nome já indica, é direcionado para o descarte de lixos hospitalares pertencentes ao grupo A. Eles são resistentes e brancos, e segundo a NBR 9191/2000 da ABNT, não podem ser reaproveitados após o uso.
Os perfurocortantes, apesar de pertencerem ao grupo A, também devem ser descartados no lixo infectante dado o risco de infectar pessoas por meio do contato com agulhas, lâminas e seringas usadas. Porém, essa ação deve ser associada ao uso de caixas específicas para o descarte dos materiais.
Já os resíduos líquidos devem ser armazenados em um recipiente resistente, rígido e com uma tampa rosqueada e vedante. Os do grupo D, caracterizados como resíduos comuns, podem ser descartados em lixeiras coloridas ou cinzas, de acordo com o tipo de material que será dispensado.
2. Coleta dos resíduos
Após a primeira etapa concluída, é o momento da coleta dos resíduos. Esse processo deve ser realizado por uma empresa especializada, com profissionais treinados e fazendo o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) dado o risco de contaminação.
Alguns dos EPIs necessários são luvas e botas de material impermeável, uniforme lavável, máscara, óculos, entre outros.
Além disso, é fundamental que o veículo que irá transportar os resíduos tenha o Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CIPP), algo que garante que o mesmo tenha toda a segurança necessária e não cause transtornos durante o trajeto até o destino final.
3. Descarte e tratamento
A terceira, e última, etapa é o descarte do resíduo infectante em um local pré-determinado para seu tratamento adequado. No caso dos resíduos hospitalares, há duas opções: incineração ou esterilização em enclaves próprios.
A incineração é um processo conhecido quando o assunto é a eliminação de materiais infectantes, e consiste na queima desses resíduos em altas temperaturas, evitando, assim, que ofereçam qualquer tipo de risco para as pessoas.
Já a esterilização é dada pela desinfecção dos materiais usados, que é realizada por entidades de saúde. Nesse processo, empresas especializadas fazem a coleta dos resíduos a cada 48 horas e os direcionam para a sede do negócio onde passam pelo processo de compactação.
Com temperaturas que podem ultrapassar 120ºC, os microrganismos e germes presentes nos materiais são eliminados, e posteriormente, os resíduos são triturados.
Dica do especialista: invista em uma boa quantidade de sacos de lixo infectante e, acima de tudo, se certifique da resistência e qualidade do material. O uso de um saco mais frágil pode acarretar acidentes que podem colocar seus pacientes e profissionais em risco, além de gerar prejuízos para o seu negócio.
Já sabe como funciona o descarte de resíduos hospitalares?
No conteúdo apresentado, destacamos a importância de descartar resíduos de saúde da forma adequada, apresentamos os grupos em que são divididos e, por fim, trouxemos um passo a passo que deve ser seguido por hospitais e clínicas para garantir um armazenamento, coleta e descarte seguro dos materiais.
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