Quem atua de frente ao computador, digitando horas a fio, pode desenvolver tendinites e bursites. Essas doenças estão no espectro dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), popularmente chamados de lesão por esforço repetitivo (LER).

Profissionais que atuam fora dos escritórios também podem apresentar traumas decorrentes da sobrecarga gerada pela repetição da mesma tarefa. Os trabalhadores que atuam com movimentação de volumes em estoques, costureiras e professores fazem parte dessa lista.

Todos os ambientes de trabalho podem ter gatilhos para o desencadeamento de lesões. Isso não é motivo de preocupação para os empreendedores e funcionários, mas de alerta. Os quadros podem ser controlados e até evitados com medidas simples.

Por isso, neste conteúdo vamos explicar:

1. Principais causas da LER e DORT

2. Como deixar a sua empresa mais ergonômica

3. Protetores ergonômicos corporais para cada situação

Acompanhe para saber como agir e implementar um ambiente seguro no seu negócio.

O que é LER e DORT?

DORT é um conceito introduzido pela medicina para atualizar e substituir o entendimento das lesões por esforço repetitivo. Portanto, LER e DORT são, praticamente, o mesmo conjunto de problemas relacionados ao trabalho. Ambas podem também ser chamados de LTC (Lesão por Trauma Cumulativo) e AMERT (Afecções Musculares Relacionadas ao Trabalho).

Trata-se de traumas físicos ocupacionais decorrentes da sobrecarga gerada pela execução da mesma atividade, atingindo músculos, tendões, nervos e líquidos articulares. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 3,5 milhões de brasileiros possuem alguma LER/DORT, sendo que:

  • A região que registrou o maior coeficiente de casos foi o Sudeste, com 58,4%, seguido pelo Mato Grosso do Sul, São Paulo e Amazonas;
  • Os setores com maiores índices são indústria, comércio, alimentação, transporte, serviços domésticos e de limpeza;
  • Faxineiros, operadores de máquinas fixas, de linhas de produção e cozinheiros foram os profissionais mais atingidos nos últimos anos.

Principais causas das lesões por esforço repetitivo

As principais doenças e lesões causadas pelo esforço repetitivo são as tendinites na mão (ombro, cotovelo e punho), as lombalgias (dores na região lombar) e as mialgias (dores musculares). Descubra quais os principais causadores de problemas físicos relacionados ao trabalho:

Movimentos repetitivos em um curto espaço de tempo

Repetir um mesmo movimento com muita frequência pode causar tensão, desconforto, rigidez, dor, queimação, formigamento ou dormência nas mãos. O típico caso é a utilização em teclados de computadores, notebooks e smartphones sem a nivelação de apoio adequada ao trabalhador.

Postura incorreta

Uma postura ruim sobrecarrega a lombar. Uma cadeira errada causa má postura e desconforto na coluna vertebral; uma mesa na altura incorreta não permite que o braço fique em um ângulo de 90 graus, o que aumenta os riscos de tendinite e bursite.

Atividades externas que envolvem a movimentação de volumes manualmente, sem os equipamentos apropriados para a função, também podem acarretar em lesões severas. Desgastes na cervical e joelho estão no topo das ocorrências.

Falta de pausa e descanso

Há gestores que pensam que quanto mais tempo o profissional estiver trabalhando mais ele vai produzir. Ledo engano: além de acabar com a produtividade e o foco, o trabalho ininterrupto faz muito mal à saúde física do trabalhador.

Quando o trabalhador fica por muito tempo sentado, o resultado é ainda pior. Além da postura, o ideal é que o profissional levante-se a cada hora para alongar os membros e não sobrecarregar a coluna. Portanto, faça pausas constantes, mesmo que curtas, para aliviar corpo e mente.

Local de trabalho inadequado

É desafiador projetar um ambiente que atenda completamente as especificidades físicas dos trabalhadores. Neste caso, é preciso se lembrar da importância de ter mesas e cadeiras adequadas. Para tanto, escolha equipamentos que sigam as normas ABNT.

Saiba mais sobre como implementar ergonomia no trabalho

Produtos ortopédicos para LER e DORT

Os produtos ortopédicos são considerados EPIs em algumas situações, já que são utilizados para proteção, prevenção e tratamento de distúrbios osteomusculares decorrentes do trabalho. Conheça alguns deles.

Munhequeira de pulso

A munhequeira de pulso é um acessório ortopédico, também conhecido como pulseira ou tala para punho. As munhequeiras feitas de borracha de cloropreno (neoprene) com revestimento de poliamida são as mais recomendadas, por reterem calor e conferirem maior conforto ao local aplicado.

É posicionada no punho, com o objetivo de comprimir a região. Dessa forma, melhora a sensação de estabilidade da articulação e auxilia no alívio de dores crônicas e agudas. Geralmente é usada para:

  • prevenção e tratamento de contusões, distensões e tendinites; 
  • prevenção de lesões durante a prática de exercício;
  • auxílio no tratamento fisioterapêutico.

Corretor de postural

Existem diferentes tipos de corretores posturais. O objetivo principal é o mesmo, mas a técnica utilizada varia para atender algumas especificidades. Acompanhe:

O modelo mais tradicional de corretor de postural possui chapa de PVC posicionada entre as escápulas, com fitas tracionando os ombros e  faixa lombar/abdominal. Possui faixas elásticas que intensificam a compressão na região, aliadas às flexíveis que promovem sustentação.  Assim como na munhequeira, a faixa em neoprene auxilia na circulação e alívio da dor.

Já o modelo menor possui somente uma faixa torácica, com foco na parte superior e ombros. Além da correção postural, ambos corretores são aplicados para os seguintes casos:

  • prevenção e tratamento de lesões ocasionadas por uma postura incorreta; 
  • auxílio no tratamento de cifose e outras disfunções da coluna torácica; 
  • auxílio no tratamento fisioterapêutico.

Por fim, o corretor postural modelador. Ele possui as mesmas características de aplicação do corretor tradicional, a não ser pela estrutura em peça única. O intuito é modelar a cintura, intensificar a compressão e auxiliar na circulação sanguínea do local com baixa lesão. Esse produto é recomendado para as situações que seguem: 

  • prevenção e tratamento de lesões ocasionadas por uma postura incorreta; 
  • auxílio no tratamento de cifose, escoliose, entre outros;
  • lombalgia;
  • alívio de dores agudas e crônicas;
  • auxílio no tratamento fisioterapêutico.

Cinta lombar

A cinta lombar é destinada às pessoas que têm problemas posturais ou não, que atuam em situações que demandam proteção reforçada na lombar. Enquanto EPI, a cinta torna a região mais firme contra lesões. Um exemplo é a utilização da cinta para manter a estabilidade da lombar do trabalhador que levanta peso constantemente. Geralmente é utilizada para os fins:

  • alívio de dores agudas e crônicas; 
  • estabilização pré e pós-operatório; 
  • apoio compressivo; 
  • auxílio no tratamento fisioterapêutico.

Colar cervical

Comumente percebido em atendimentos de urgência e emergência, o colar cervical também exerce um papel de controle de doenças cervicais decorrentes de atividades repetitivas e má ergonomia. Neste caso, o seu material é mais confortável, produzido em espuma e neoprene. É indicado para cuidados especiais nos quadros que seguem:</p>

  •  traumatismos;
  • artrites;
  • artroses;
  • torcicolos.

A ergonomia no trabalho pode fazer a diferença na prevenção de lesões por esforço repetitivo. Trata-se de uma série de cuidados muito básicos que você pode – e deve ter – ao equipar sua empresa. Confira, no próximo tópico, dicas de mobiliário e acessórios para escritório.

Mão com munhequeira como tratamento e prevenção à LER e DORT

Ergonomia para estação de trabalho

A NR-17 é um conjunto de normas nacionais que estabelece parâmetros de condições do trabalho relacionados às características psicológicas e físicas dos trabalhadores, incluindo as adaptações que devem ou podem ser feitas para adequá-las.

Mobiliário, suportes e acessórios estão incluídos nesse documento. Acompanhe os próximos tópicos para saber mais sobre como utilizá-los para fomentar a ergonomia no trabalho.

Cadeiras ergonômicas para escritório

Os modelos de cadeiras para empresas evoluíram. Hoje conta-se com opções para diferentes propostas e modelos: cadeiras para escritório, escolares, banquetas para recepção, entre outras.

O mais importante é que possuam recursos apropriados para esses ambientes, a fim de manterem a postura do usuário correta: regulagem de altura, apoio de braços ajustável, encosto reclinável, apoio de cabeça e suporte de lombar.

Apoios para os pés e pulsos

Mesmo com cadeiras reguláveis existe a possibilidade de os pés não ficarem 100% bem posicionados. Isso se deve à combinação com os móveis e também oscilações do piso.

O apoio para os pés corrige essa diferença, além de acomodar os pés mais confortavelmente com angulações que favorecem a melhor postura. É fundamental para que a região femural posterior fique sem compressão, evitando a má circulação pela compressão das coxas nos assentos das cadeiras.

Já os apoios para os pulsos dão suporte essencial para quem atua com digitação frequente, já que compensa a posição não-natural das mãos. Esse apoio pode estar junto ao mousepad ou teclado.

Suporte para notebooks

Por fim, o suporte para notebook é projetado para evitar esforços esforços do pescoço e visão, ajustando o equipamento à altura correta dos olhos. Ele faz parte dos produtos que auxiliam na segurança física do usuário e são essenciais para pessoas que trabalham muito tempo em frente às telas.

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Como evitar lesão por esforço repetitivo no trabalho